Bolsonaro diz: ladrão é o PSL e partido quer saber ‘cadê o Queiroz?’

Bolsonaro diz: ladrão é o PSL e partido quer saber ‘cadê o Queiroz?’

Bolsonaro diz: ladrão é o PSL e partido quer saber ‘cadê o Queiroz?’

Jair Bolsonaro entrou com um requerimento para que seja feita uma auditoria externa nas contas do partido dos últimos cinco anos, como retaliação à direção do partido que esboçou a intenção de punir seu filho, Eduardo.

“A gente quer abrir a caixa-preta para que o partido honre a bandeira que a gente tinha lá atrás. Não pode pegar uma verba de R$ 8 milhões, dinheiro público, e uma minoria decidir o que fazer”, acusa Bolsonaro.

Os deputados Carlos Jordy, Filipe Barros, Alê Silva e Aline Sleutjes perderam seus cargos em comissões, lideranças órgãos partidários por terem se posicionado ao lado de Bolsonaro e contra o partido.

Na sexta-feira (11), em entrevista em São Paulo, o senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado, disse que “os filhos de Jair Bolsonaro têm mania de príncipes e causam muitos problemas e desgastam o governo”. “Não reconheço no país ainda monarquia, dinastia, filho príncipe, nada disso. “, ironizou o parlamentar.

Para Luciano Bivar, presidente nacional do PSL e deputado federal por Pernambuco, Jair Bolsonaro está comprando essa briga para controlar o partido e “fazer coisas não éticas”, como “contratos para assessoria de imprensa, publicidade, advogados, compliance”.

A briga interna ficou pública quando Bolsonaro disse para um apoiador, que se apresentou como pré-candidato em Recife, que esquecesse o PSL e seu presidente, o deputado Luciano Bivar.

“Ô cara, Bivar está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”, disse Bolsonaro.

Por sua vez, um grupo de parlamentares e filiados ao PSL acusa Jair Bolsonaro de tentar abafar casos de corrupção, como o de seu filho Flávio, ou “01”, com seu motorista Fabrício Queiroz, e o do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

“Temos o caso do Queiroz e o do ministro do Turismo, e o presidente tenta encobrir esses dois assuntos ao mesmo tempo em que desfere ataques indevidos ao PSL”, afirmou o deputado Júnior Bozella (SP).

PSL reage a Bolsonaro e decide pedir auditoria nas contas da campanha presidencial

Logo após o presidente Jair Bolsonaro e 21 parlamentares terem pedido ao PSL acesso às contas do partido para auditoria, o comando da legenda decidiu contra-atacar. Vai pedir auditoria nas contas da campanha presidencial do ano passado.

Nas palavras de um integrante do PSL, foi iniciado um processo que deixará “as vísceras do partido expostas”.

O PSL foi comandado por Gustavo Bebianno na campanha presidencial. Neste ano, ele chegou a ser ministro da Secretaria-Geral, mas foi demitido por Bolsonaro por ter se envolvido em uma polêmica com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente da República. Atualmente, o PSL é presidido por Luciano Bivar.

Nesta semana, Bolsonaro e Bivar fizeram declarações públicas que geraram uma crise no partido. Bolsonaro, por exemplo, disse que o presidente do PSL está “queimado para caramba”. Bivar, por sua vez, disse que Bolsonaro “já está afastado” do partido.

A avaliação de alguns integrantes do PSL é que, com o “tiroteio” interno, várias lideranças do partido serão atingidas, causando estrago no grupo de Bolsonaro.

O objetivo desse grupo de deputados ao pedir auditoria nas contas do PSL é tentar encontrar irregularidades que possam servir de argumento jurídico para eles deixarem a legenda sem perder o mandato.

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